O estudo das camadas internas da Terra é um tópico crucial para entender a composição e as dinâmicas geológicas do nosso planeta. Ele começa com a compreensão das três principais camadas: crosta, manto e núcleo, subdividido em núcleo externo e núcleo interno. A crosta terrestre, onde vivemos, é dividida em crosta continental e oceânica, apresentando variações na espessura e nos materiais. Este estudo aprofunda-se na análise da crosta, discutindo suas características, como composição mineral e processos de formação. Examinar como a tectônica de placas afeta a crosta ajuda a entender fenómenos como terremotos e vulcões, fornecendo um panorama completo sobre esse aspecto da Terra.

Em seguida, a atenção se volta para o manto terrestre, que se encontra abaixo da crosta e se estende até o núcleo. O manto é composto principalmente por rochas silicáticas ricas em ferro e magnésio. O estudo detalha como a convecção no manto contribui para o movimento das placas tectônicas, essencial para explicar a dinâmica interna da Terra. Modelos tridimensionais podem ser usados para ilustrar como essas correntes de convecção ocorrem, oferecendo uma visão palpável para os alunos. O manto representa uma parte significativa do volume do planeta, e sua relevância é enfatizada ao discutir suas propriedades físicas e químicas, que diferem das outras camadas.

Finalmente, o núcleo terrestre é dividido em externo, que é líquido, e interno, que é sólido. Este estudo inclui uma análise dos materiais que compõem o núcleo, destacando sua composição principalmente de ferro e níquel. As propriedades do núcleo são essenciais para entender o campo magnético terrestre. A discussão sobre a circulação de metais líquidos no núcleo externo fornece um exemplo de como processos internos impactam a Terra externamente. Para facilitar o entendimento, os alunos podem construir diagramas que diferenciam cada camada, utilizando cores e legendas para reforçar a visualização das distinções entre crosta, manto e núcleo.

As atividades práticas com construção de modelos oferecem uma oportunidade envolvente e sensorial para os alunos explorarem em profundidade a estrutura complexa da Terra. No decorrer desta atividade, os alunos estarão envolvidos na construção de modelos tridimensionais das camadas internas da Terra usando massinha de modelar em diversas cores. Este tipo de abordagem prática permite um melhor entendimento do assunto, pois a manipulação tátil e visual dos materiais facilita a internalização de conceitos geológicos complexos, como a diferenciação entre as camadas da crosta, do manto e do núcleo terrestre. O uso de cores distintas para cada camada auxilia os alunos na memorização e diferenciando visualmente cada parte, absorvendo melhor a informação de forma lúdica e interativa.

A atividade prática promove uma aprendizagem colaborativa e significativa, já que os alunos são incentivados a trabalhar em pequenos grupos. Durante esse processo, eles terão que decidir coletivamente qual cor de massinha representar cada camada, discutindo suas características e determinando a proporção relativa a partir das informações estudadas. Essa configuração de trabalho em grupo não só promove a aprendizagem colaborativa, mas também aumenta as possibilidades de discussão e internalização do conteúdo, pois os alunos compartilham entendimentos e constroem conhecimento de forma conjunta. Com essa atividade prática, os alunos não apenas recriam a estrutura interna da Terra, como também desenvolvem habilidades sociais e de comunicação essenciais para o pensamento crítico e a resolução de problemas em equipe.

A discussão sobre características geológicas é um momento essencial para consolidar o conhecimento dos alunos sobre as camadas da Terra e suas intricadas propriedades. Essa atividade é organizada de forma a permitir que os alunos discutam em detalhe as características físicas e químicas de cada camada, além de suas funções no contexto maior da geologia planetária. Os alunos são incentivados a investigar aspectos como composição mineral, densidade, temperatura e pressão em cada camada. Por exemplo, eles podem explorar como a crosta terrestre é composta por uma variedade de minerais e se divide em crosta continental e oceânica com características distintas, ou como o manto, composto principalmente por silicatos de ferro e magnésio, afeta a movimentação das placas tectônicas devido às suas correntes de convecção.

Durante as discussões, os alunos são encorajados a conectar esses aspectos com fenômenos geológicos, como terremotos, vulcões e o movimento das placas tectônicas. Eles podem discutir, por exemplo, como a composição líquida do núcleo externo influencia o campo magnético da Terra, ou como as variações de temperatura e pressão no manto conduzem ao movimento das placas tectônicas e aos consequentes fenômenos de subducção e colisão. Essas conversas são fundamentais não apenas para reforçar conceitos teóricos, mas também para desenvolver nos alunos a capacidade de pensar criticamente sobre como esses conceitos se aplicam a eventos naturais observáveis.

Essa abordagem de discussão em grupo também oferece uma plataforma para os alunos desenvolverem suas habilidades de comunicação oral, ao mesmo tempo em que praticam a argumentação baseada em evidências científicas. Instrutores podem atuar como facilitadores, guiando a discussão com perguntas estratégicas que ajudem a explorar essas características geológicas de forma abrangente. Ao final da atividade, os alunos devem ser capazes de apresentar uma visão holística das camadas da Terra, discutindo suas especificidades e inter-relações, demonstrando não apenas uma compreensão teórica, mas também uma apreciação pelos complexos processos que configuram nosso planeta.