Oficina de Narrativas Vivas: Vozes Silenciadas

Desenvolvida por: Márcia… (com assistência da tecnologia Profy)
Área do Conhecimento/Disciplinas: História
Temática: Antirracismo e Herança Cultural Afro-brasileira

A oficina 'Narrativas Vivas: Vozes Silenciadas' convida alunos do 1º ano do Ensino Médio a explorarem histórias de resistência e contribuição afrodescendentes que foram suprimidas pela história oficial. O exercício terá como ponto de partida referências históricas e dados atuais, incentivando os alunos a desenvolver narrativas originais sob a forma de textos ou encenações. A atividade visa promover empatia e reconhecimento da herança cultural afro-brasileira, utilizando fontes documentais e depoimentos que aproximam os alunos de uma visão mais inclusiva da História. O projeto busca levá-los a refletir sobre questões de antirracismo e diversidade, além de fomentar o pensamento crítico e a capacidade de articular ideias de modo empático e argumentativo. As narrativas criadas serão compartilhadas na turma, promovendo um ambiente de respeito e troca cultural enriquecedora.

Objetivos de Aprendizagem

Os objetivos de aprendizagem dessa atividade estão ancorados na necessidade de desenvolver nos alunos a capacidade de interpretação crítica e produção de narrativas que corrijam distorções históricas relacionadas à invisibilização dos povos africanos e afrodescendentes. A atividade integra conhecimentos interdisciplinares, valorizando o pensamento crítico e proporcionando um espaço para reflexões individuais e coletivas sobre as contribuições afro-brasileiras. Visa-se, também, o fortalecimento de competências socioemocionais, como empatia e responsabilidade social, ao incentivá-los a considerar múltiplas perspectivas culturais e sociais. A abordagem escolhida promove o protagonismo juvenil, ao permitir que os próprios alunos escolham as temáticas de suas narrativas e defendam seus pontos de vista perante seus colegas.

  • Desenvolver leitura crítica sobre narrativas históricas tradicionais.
  • Criar textos ou encenações que reflitam a resistência afro-brasileira.
  • Promover empatia e reconhecimento da diversidade cultural.
  • Fortalecer a capacidade argumentativa e de expressão.
  • Incentivar o protagonismo e iniciativa juvenil.
  • Para incentivar o protagonismo e a iniciativa juvenil durante a oficina 'Narrativas Vivas: Vozes Silenciadas', adotaremos uma abordagem centrada nos alunos, onde eles serão os principais agentes de suas próprias aprendizagens. Desde o início da atividade, incentivaremos os estudantes a escolherem, de forma autônoma, as figuras históricas ou os temas relacionados à resistência afro-brasileira que mais os intrigam ou inspiram. Isso será conseguido ao permitir que eles expressem suas preferências e interesses pessoais durante as discussões em grupo e as etapas de seleção de tema. Ao oferecer essa liberdade de escolha, estimulamos o senso de responsabilidade sobre o próprio aprendizado e encorajamos o desenvolvimento de habilidades de pesquisa e investigação.

    Exemplos práticos incluem a divisão de responsabilidades dentro dos grupos, onde cada aluno terá um papel específico, como pesquisador, escritor ou diretor na criação das encenações, permitindo que explorem e aprimorem diferentes habilidades de liderança e colaboração. A elaboração de uma apresentação ou encenação representa, assim, uma oportunidade para que cada aluno demonstre criatividade e capacidade de organização, além de lidar com desafios de forma coletiva e autônoma. No momento das apresentações, os alunos são convidados a refletir sobre suas escolhas criativas e seus processos de tomada de decisão, promovendo assim uma discussão enriquecedora que reforça a confiança em suas capacidades de influenciar mudanças em seu ambiente de forma construtiva.

Habilidades Específicas BNCC

  • EM13CHS101: Compreender processos de formação e desenvolvimento das sociedades americanas, reconhecendo as contribuições indígenas, africanas e europeias.
  • EM13CHS103: Analisar diferentes concepções de espaço e tempo histórico, considerando o protagonismo dos grupos socialmente desprivilegiados.

Conteúdo Programático

O conteúdo programático da oficina envolve uma série de temas que buscam ampliar a compreensão dos alunos sobre a presença afrodescendente na história do Brasil, passando por tópicos como a herança cultural, a luta pela igualdade racial, e a desconstrução de estigmas. Serão abordadas narrativas históricas convencionais versus narrativas alternativas, fornecendo aos alunos uma estrutura crítica para que eles identifiquem o silenciamento de vozes na história. Os alunos terão a oportunidade de acessar fontes diversas, como textos históricos, dados estatísticos sobre desigualdade racial e relatos orais, ampliando seu repertório de análise e possibilitando uma produção narrativa embasada em pesquisa eficaz.

  • Presença afrodescendente na História do Brasil.
  • Herança cultural e luta pela igualdade racial.
  • Desconstrução de estigmas raciais.
  • Análise de narrativas históricas alternativas.
  • Utilização crítica de fontes documentais e orais.

Metodologia

A metodologia adotada para essa oficina propõe um ensino participativo, centrado na atividade prática e na colaboração entre os estudantes. O uso de metodologias ativas, como a Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP), será central para engajar os alunos em um processo de investigação que envolve pesquisa, discussão e criação de narrações que expressem vozes subrepresentadas. Serão incentivadas práticas colaborativas e interativas, como grupos de discussão, dramatizações e debates construtivos, que criam um ambiente propício à troca de ideias e posicionamentos entre os estudantes. A ênfase estará na produção e na oralidade, oportunizando o exercício das competências comunicativas e argumentativas dos alunos, bem como no letramento digital, utilizando ferramentas tecnológicas para pesquisa e compartilhamento das narrativas criadas.

  • Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP).
  • Grupos de discussão e dramatizações.
  • Debates construtivos e colaboração mútua.
  • Produção de textos e encenações.
  • Letramento digital e uso de tecnologias.

Aulas e Sequências Didáticas

O cronograma da oficina foi pensado para se desenvolver em um único encontro de 60 minutos, tempo destinado à condução das atividades propostas. O início da aula será dedicado à introdução do tema e explicação da atividade, seguida de discussão e levantamento de ideias em grupos. O tempo restante será aplicado na produção das narrativas ou encenações pelos grupos, culminando em apresentações e discussões sobre as produções. Essa distribuição temporal foi planejada para garantir fluidez e profundidade na abordagem, respeitando o tempo de concentração típico dos adolescentes nesta faixa etária.

  • Aula 1: Introdução ao tema (15 min), Discussão em grupos (15 min), Produção de narrativas/encenações (20 min), Apresentações e discussão final (10 min).
  • Momento 1: Introdução ao tema (Estimativa: 15 minutos)
    Inicie a aula com uma breve explicação sobre o propósito da oficina 'Narrativas Vivas: Vozes Silenciadas'. É importante que os alunos compreendam a relevância de explorar histórias afrodescendentes suprimidas. Utilize imagens ou trechos de textos históricos para despertar o interesse. Permita que façam perguntas e expressem suas opiniões iniciais sobre o tema. Avalie o engajamento observando a curiosidade e as perguntas dos alunos.

    Momento 2: Discussão em grupos (Estimativa: 15 minutos)
    Divida a turma em pequenos grupos. Oriente os alunos a discutirem as histórias apresentadas inicialmente e a refletirem sobre as contribuições afro-brasileiras que conhecem. É fundamental que o professor observe se todos os alunos estão participando e facilitar o diálogo quando necessário. Sugira que escolham um relato ou figura histórica para aprofundar como base para suas narrativas. u00c9 importante avaliar a participa00e700e3o ativa e o respeito u00e0s diferentes opini00f5es dentro dos grupos.

    Momento 3: Produção de narrativas/encenações (Estimativa: 20 minutos)
    Incentive cada grupo a criar uma narrativa, seja escrita ou por meio de uma pequena encenação, com base nas discussões anteriores. Forne00e7a materiais necess00e1rios (papel, canetas, ou materiais para figurinos). Oriente sobre a import00e2ncia de usar argumentos coerentes e baseados nas informa00e700f5es discutidas. Estimule a criatividade, mas reforce a necessidade de coer00eancia hist00f3rica e respeito cultural. Avalie a criatividade e a habilidade dos alunos de trabalhar em equipe.

    Momento 4: Apresentações e discussão final (Estimativa: 10 minutos)
    Permita que cada grupo apresente sua narrativa ou encenação para a turma. Estabeleça um ambiente de respeito e incentivo à troca construtiva. Após as apresentações, promova uma discussão final destacando os principais aprendizados e reflexões coletivas sobre o exercício. Peça feedback dos alunos sobre o que mais os impactou. Avalie a clareza da apresentação e o impacto argumentativo das narrativas.

Avaliação

O processo de avaliação visa contemplar uma visão ampla sobre a participação e o desempenho dos alunos. A metodologia proposta avaliativa priorizará momentos formativos e somativos. Dentro dos métodos formativos, os grupos serão constantemente estimulados à autocrítica e ao feedback mútuo, além do acompanhamento contínuo do professor durante o desenvolvimento das atividades. Já para as avaliações somativas, cada narrativa ou encenação será avaliada em critérios de criatividade, coerência histórica, adequação temática e engajamento. A aplicação prática dessas avaliações envolverá rubricas claras que contemplem o esforço colaborativo entre os participantes, para que todas as vozes sejam ouvidas no processo.

  • Feedback formativo contínuo.
  • Avaliação de criatividade e coerência histórica.
  • Engajamento e participação ativa.
  • Utilização de critérios estéticos e argumentativos.
  • Encaminhamento de rubricas claras para todos os envolvidos.

Materiais e ferramentas:

Para a oficina, serão necessários recursos diversos que estimulem a pesquisa e a criatividade dos alunos. Entre os materiais a serem utilizados, podemos citar textos históricos selecionados, relatos orais, plataformas online para pesquisa e construção de apresentações, e materiais de suporte para encenações, como figurinos e adereços, quando viável. O uso de plataformas digitais é apropriado para contextualizar historicamente as produções, ampliando o letramento digital dos alunos e fornecendo um espaço para que o conhecimento seja compartilhado e discutido. Os materiais propostos são pensados para serem acessíveis e promover uma inclinação ativa dos alunos no seu processo de aprendizagem.

  • Textos históricos e relatos orais.
  • Plataformas online para pesquisa.
  • Materiais para produção artística.
  • Figurinos e adereços, quando viável.
  • Espaço e recursos para apresentações.

Inclusão e acessibilidade

Prezados professores, sabemos do trabalho árduo que envolve preparar aulas inclusivas, mas tais esforços são fundamentais para garantir uma educação equitativa para todos. Para a atividade proposta, consideramos essencial adaptar os conteúdos e as metodologias a fim de garantir a plena participação de todos os alunos, observando a individualidade e as particularidades de cada um. Como a atual turma não apresenta condições especiais, as estratégias estarão focadas em estimular um ambiente diversificado, seguro e acolhedor, incentivando a participação de todos igualmente. Destacamos a importância de promover debates sobre diversidade cultural e inclusão, fomentando uma cultura de respeito e empatia entre os alunos. A utilização de linguagens diversificadas garante que a mensagem possa chegar a todos, independentemente de suas experiências antecedentes.

  • Promoção de um ambiente seguro e acolhedor.
  • Utilização de múltiplas linguagens na comunicação.
  • Debates sobre diversidade cultural e inclusão.
  • Estratégias para estimular a empatia e respeito mútuo.
  • Adaptação de métodos pedagógicos conforme necessário.

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