Variedades da Linguagem: Explore o Mundo das Palavras!

Desenvolvida por: Elisma… (com assistência da tecnologia Profy)

Área do Conhecimento/Disciplinas: Língua Portuguesa

Temática: Oralidade, Leitura, Análise linguística/semiótica, Produção de textos

Nesta série de aulas, os alunos do 6º ano irão explorar as variedades da língua falada e discutir o conceito de norma-padrão ao identificar exemplos de diferentes registros linguísticos. A atividade se inicia com uma dinâmica interativa na qual os alunos criarão diálogos usando gírias e jargões regionais. Essa prática visa não apenas explorar as diferenças linguísticas mas também cultivar o respeito pela diversidade cultural e linguística. Em seguida, a turma participará de uma roda de debate para discutir sobre preconceito linguístico e a importância da aceitação das variedades linguísticas. O objetivo final da atividade é refletir sobre a adequação da linguagem em contextos formais e informais, contribuindo para um uso mais consciente e reflexivo do idioma.

Objetivos de Aprendizagem

Os objetivos de aprendizagem desta sequência de aulas são amplos, focando tanto em habilidades cognitivas quanto sociais. Os alunos irão reconhecer as diferentes variedades da língua falada, identificando suas características e utilidades em diversos contextos, o que promove a valorização e o respeito pela diversidade cultural. Eles também aprenderão a fazer uso consciente das regras da norma-padrão da língua portuguesa, aplicando-as adequadamente em contextos formais e informais. Isso não apenas melhora suas habilidades linguísticas, mas também fortalece suas capacidades de resolução de conflitos e trabalho em equipe, ao participar de debates de maneira respeitosa e construtiva. Dessa forma, a atividade alinha-se com os objetivos da BNCC, que preconiza o reconhecimento das variedades linguísticas como elemento central na formação cidadã.

Reconhecer as diferentes variedades da língua falada.
Valorizar a diversidade cultural e linguística.
Aplicar as normas da língua padrão em contextos apropriados.

Habilidades Específicas BNCC

EF69LP55: Reconhecer as variedades da língua falada, o conceito de norma-padrão e o de preconceito linguístico.
EF69LP56: Fazer uso consciente e reflexivo de regras e normas da norma-padrão em situações de fala e escrita nas quais ela deve ser usada.

Conteúdo Programático

O conteúdo programático desta atividade abrange uma análise abrangente das variedades linguísticas, explorando os diferentes registros de linguagem presentes na sociedade. Em cada aula, os alunos irão imergir em atividades práticas que estimulam a observação e reflexão acerca das normas linguísticas e seus impactos culturais e sociais. Além disso, a abordagem do preconceito linguístico será central, incentivando discussões que desafiam estereótipos e aumentam a consciência social dos alunos. A adaptação de linguagem para contextos diversos será enfatizada, permitindo que os alunos não apenas construam diálogos e simulações, mas também aprendam a navegar por diferentes situações comunicativas com flexibilidade e compreensão.

Variedades Linguísticas e seus Usos
Norma-padrão vs. Linguagem Coloquial
Preconceito Linguístico e Diversidade Cultural
Adaptação da Linguagem para Contextos Formais e Informais

Metodologia

Para fomentar um aprendizado eficaz, as metodologias utilizadas serão majoritariamente ativas, permitindo a participação direta dos alunos em sua aprendizagem. A primeira aula introduzirá a ferramenta do 'Aprender Fazendo', onde os alunos irão criar diálogos utilizando gírias e registros regionais, o que desperta a curiosidade e promove uma aprendizagem experiencial. A aula seguinte incorporará uma roda de debate, uma metodologia que incentiva o debate cooperativo e crítico, essencial para o desenvolvimento do pensamento crítico e da capacidade argumentativa. A última aula integrará essas experiências para consolidar a adaptação linguística em diferentes contextos, usando a reflexão orientada e estudos de caso que promovem a habilidade de transferir conhecimentos para situações reais.

Atividade Mão-na-massa
Aula Expositiva
Roda de Debate
Reflexão Orientada
Estudo de Caso

Aulas e Sequências Didáticas

O cronograma para essa atividade está desenhado para garantir o equilíbrio entre teoria e prática nas diferentes fases da aprendizagem. Na primeira aula, o enfoque será uma atividade prática de criação de diálogos, seguida de uma breve exposição teórica para contextualizar os temas abordados. A segunda aula estará centrada em uma roda de debate, facilitando uma apreciação crítica e colaborativa sobre preconceito linguístico e diversidade cultural. Na última aula, o foco será em consolidar os conceitos abordados nas aulas anteriores, por meio de práticas de adaptação linguística para diferentes contextos, preparando os alunos para aplicar esses conhecimentos de maneira eficaz e apropriada em seu cotidiano.

Aula 1: Criação de Diálogos com Gírias e Jargões Regionais

Momento 1: Introdução e Aquecimento (Estimativa: 10 minutos)
Comece a aula explicando o objetivo da atividade, que é explorar as variedades linguísticas por meio de diálogos usando gírias e jargões regionais. Faça perguntas para despertar a curiosidade dos alunos, como: 'Alguém sabe o que significa essa gíria?' ou 'Alguém conhece um jargão usado na nossa região?'. Utilize exemplos do cotidiano. É importante que os alunos se sintam à vontade para compartilhar suas experiências linguísticas. Use o tablet e lousa digital para exibir exemplos, caso disponível.

Momento 2: Atividade Mão-na-massa - Criação de Diálogos (Estimativa: 25 minutos)
Organize os alunos em duplas ou pequenos grupos, de acordo com a dinâmica da turma. Peça que, usando tablets ou papel e caneta, criem diálogos que incluam gírias e jargões típicos de sua região ou de interesse pessoal. Oriente os alunos enquanto trabalham, observe se estão colaborando e explore ideias interessantes. Permita que cada grupo compartilhe seu diálogo com a turma se houver tempo.

Momento 3: Apresentação e Feedback (Estimativa: 15 minutos)
Selecione alguns grupos para que apresentem seus diálogos para a classe. Após cada apresentação, promova um breve momento de feedback coletivo, destacando aspectos positivos do uso da linguagem e como a gíria ou jargão foi integrado no diálogo. Pergunte: 'Como esse diálogo seria num contexto formal?'. Finalize reforçando o respeito e valorização das expressões regionais.

Estratégias de inclusão e acessibilidade:
Para alunos com transtorno do espectro autista (Nível 1 e 2), forneça instruções claras e de forma gradual, certificando-se de que compreendem a tarefa. Permita que escolham parceiros com quem se sintam confortáveis para trabalhar. Para alunos com dificuldades motoras, assegure que tenham acesso facilitado aos materiais necessários, como tablets com comandos acessíveis. Ao organizar atividades, seja compreensivo, permitindo adaptações no formato de apresentação, como apresentações verbais ao invés de escritas, se necessário. Durante todo o processo, mantenha um ambiente encorajador, destacando que cada aluno contribui de maneira única para a atividade.

Aula 2: Discussão sobre Preconceito Linguístico e Diversidade

Momento 1: Introdução ao Preconceito Linguístico (Duração: 10 minutos)
Comece a aula explicando o que é preconceito linguístico, utilizando exemplos conhecidos que podem despertar a identificação dos alunos. Mostre como a diversidade linguística reflete a riqueza cultural e social de um país. Pergunte questões abertas como 'Alguém já ouviu ou viveu uma situação onde alguém foi julgado pela forma de falar?'. Incentive os alunos a partilharem experiências, promovendo um espaço seguro e respeitoso para a troca.

Momento 2: Roda de Debate sobre Diversidade Linguística (Duração: 25 minutos)
Organize uma roda de debate onde os alunos poderão discutir abertamente sobre o tema. Divida a turma em dois grupos: um que defende a importância da norma-padrão e outro que defende a valorização das variedades linguísticas. Oriente para que cada grupo exponha seus pontos de vista de maneira respeitosa e com base em argumentos sólidos. É importante que se permita a troca de papéis para que os alunos possam ver ambos os lados da discussão. Registre pontos debatidos em uma lousa ou em cartazes, se possível.

Momento 3: Reflexão e Registro de Aprendizagem (Duração: 15 minutos)
Finalize a aula propondo que cada aluno escreva um breve texto reflexivo sobre o que aprenderam na aula. Incentive que reflitam sobre a importância do respeito à diversidade linguística e como isso pode impactar positivamente as relações sociais. Recolha os textos para revisar e ofereça feedback individual se necessário. Reforce a mensagem de que a diversidade é um dos pilares da sociedade inclusiva.

Estratégias de inclusão e acessibilidade:
Para alunos com transtorno do espectro autista, forneça um script ou guia com as expectativas para a roda de debate. Garanta que eles tenham acesso a um apoio visual que explique o que são preconceito linguístico e diversidade. Para alunos com dificuldades motoras, permita que registrem suas reflexões oralmente ou de forma assistida, usando tablets ou outros dispositivos de áudio. Crie um ambiente onde todas as vozes sejam ouvidas e respeitadas, assegurando um clima encorajador e compreensivo. Caso necessárias adaptações adicionais, convide os alunos a sinalizarem dificuldades, oferecendo alternativas cabíveis para sua plena participação.

Aula 3: Adaptação de Linguagem em Contextos Formais e Informais

Momento 1: Introdução aos Contextos de Uso (Estimativa: 10 minutos)
Inicie a aula explicando que a linguagem pode variar conforme o contexto em que é utilizada. Utilize exemplos do cotidiano, como conversar com amigos e fazer uma apresentação na escola, destacando as diferenças na maneira de usar o idioma. Pergunte aos alunos em que outros contextos percebem variações na linguagem. Essa parte da aula é essencial para despertar o interesse dos alunos pelo tema.

Momento 2: Análise de Exemplos de Linguagem (Estimativa: 15 minutos)
Distribua pequenos textos ou diálogos que exemplifiquem a linguagem formal e informal. Peça que os alunos, em duplas, leiam e analisem cada exemplo, identificando características de cada registro. Oriente-os a destacar palavras ou expressões que indicam a formalidade ou informalidade do texto. Circule pela sala para oferecer suporte e incentivar discussões reflexivas. Reúna as impressões dos alunos em uma rápida partilha coletiva em sala.

Momento 3: Atividade Prática de Adaptação (Estimativa: 15 minutos)
Proponha que cada dupla escolha um dos diálogos analisados e o adapte para o contexto oposto, ou seja, transformar um diálogo formal em informal e vice-versa. Incentive a criatividade no uso da linguagem e lembre-se de reforçar que o objetivo é entender as adequações necessárias para cada situação. Ao final, algumas duplas podem apresentar suas adaptações para a turma.

Momento 4: Reflexão e Encerramento (Estimativa: 10 minutos)
Promova uma breve discussão sobre o que aprenderam com a atividade prática. Pergunte: 'Por que é importante adaptar a linguagem a diferentes contextos?'. Estimule que os alunos pensem em situações práticas onde essa habilidade seria útil. Finalize reforçando a importância de sermos conscientes quanto ao uso da língua em diversas situações.

Estratégias de inclusão e acessibilidade:
Para garantir a inclusão de alunos com transtorno do espectro autista, forneça instruções escritas e visuais, caso necessário. Permita que eles trabalhem com um colega de confiança nas atividades em duplas. Para alunos com dificuldades motoras, verifique se possuem acesso a material impresso adequado e ofereça suporte para manipular os textos. Considere a possibilidade de uso de tecnologia assistiva, como aplicativos de leitura de texto, para apoiar a participação e aprendizado desses alunos. Mantenha um ambiente acolhedor, onde os estudantes possam sinalizar dificuldades e receber suporte adicional, se necessário.

Avaliação

A avaliação desta série de aulas é planejada para ser abrangente e contínua, incorporando diferentes métodos para melhor adaptar-se ao ritmo e estilo de aprendizagem dos alunos. Inicialmente, utilizaremos a Avaliação Formativa, durante a atividade prática inicial, observando a participação e criatividade apresentadas na criação de diálogos, além da compreensão observada nas discussões e oprocimento de feedback contínuo para correção de rumos quando necessário. Outra metodologia será a Avaliação por Portfólio, na qual os alunos registrarão suas produções e reflexões ao longo do projeto, reforçando a autoavaliação e reflexão crítica sobre o próprio progresso. Finalmente, a Avaliação em Projeto será utilizada na última aula, onde os alunos aplicarão os conceitos aprendidos em uma situação problema, demonstrando a capacidade de adaptação e aplicação prática do conhecimento. Cada dessas modalidades avaliativas será sensível às necessidades de cada aluno, com adaptações previstas para assegurar inclusão e justiça.

Avaliação Formativa
Avaliação por Portfólio
Avaliação em Projeto

Materiais e ferramentas:

Os recursos e materiais escolhidos para esta atividade são pensados para oferecer uma experiência rica e interativa, integrando ferramentas tradicionais e tecnológicas. Materiais impressos, como exemplares de textos especialmente escolhidos, livros de referência e artigos, apoiarão toda a secção teórica das atividades. Para possibilitar a criação de conteúdo e promoção de debates, também alocaremos tablets com acesso a dicionários online e plataformas colaborativas, suportando a aquisição de novas linguagens e vocabulário. Equipamentos audiovisuais, como projetores e caixas de som, facilitarão a apresentação dos conteúdos, enquanto que o uso de lousa digital interativa permitirá uma execução fluida do cronograma pedagógico apresentado.

Textos e artigos sobre variedades linguísticas
Tablets com acesso à internet
Equipamentos audiovisuais para apresentação
Lousa digital interativa

Inclusão e acessibilidade

Sabemos dos desafios que você, professor, enfrenta diariamente, e por isso oferecemos algumas recomendações de estratégias de inclusão que são práticas e de baixo custo. Para apoiar alunos com transtorno do espectro autista (TEA) Nível 1, é recomendado oferecer rotinas claras e sinalizadas, incluindo uso de scripts visuais para favorecer compreensão das atividades. Para alunos com TEA Nível 2, a presença de assistentes para mediar atividades e oferecer comunicação mais adaptada é essencial, além do uso de comunicação suplementar e alternativa, como PECs (Picture Exchange Communication System). Alunos com dificuldades motoras poderão se beneficiar de recursos de tecnologia assistiva, como teclados adaptados para facilitar a escrita digital. Considerando esse público diverso, as atividades práticas programadas, como diálogos em grupo e apresentações, deverão incluir momentos e rotinas onde todos possam participar de maneira confortável e significativa, garantindo o direito à educação inclusiva. É essencial, além disso, manter o feedback constante às famílias, sinalizando desafios e progressos, e criar um ambiente com acesso a apoio especializado quando necessário.

Uso de rotinas visuais e scripts para alunos com TEA Nível 1.
Suporte de assistentes e comunicação adaptada para alunos com TEA Nível 2.
Tecnologia assistiva para alunos com dificuldades motoras.
Inclusão de todos em práticas de diálogo e apresentações.
Feedback contínuo e comunicação com familiares.

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